4 de novembro de 2016Nenhum comentário

II Festival Radioca faz apanhado da música brasileira contemporânea

O evento acontece nos dias 3 e 4 de dezembro, no Trapiche Barnabé, em Salvador, com nomes como Jards Macalé, Aláfia e Dona Onete no line-up

festival radioca

 Em sua segunda edição, o Festival Radioca se consolida como espaço de encontro entre o público baiano e a música brasileira contemporânea em sua diversidade de estilos. Nos dias 3 e 4 de dezembro, às 16h, oito atrações de várias partes do país se apresentam no Trapiche Barnabé (Av. Jequitaia, n. 5, Comércio – Salvador). As entradas custam R$30 e R$15 (meia) e estão disponíveis no site Sympla, nas lojas Mito (shoppings Salvador e Paralela) e RV Cultura e Arte (Av. Cardeal da Silva, 158, Rio Vermelho).

Originado do programa de rádio de mesmo nome (Educadora FM, domingos, às 19h), o festival prima igualmente pela diversidade, sem apostar em apenas um único estilo. Para formar esse “colorido de sonoridades”, estão na programação nomes como Giovanni Cidreira (BA), com sua mistura de MPB setentista, soul music e indie rock, e a sonoridade universal de Josyara (BA), fortemente influenciada por ritmos tradicionais brasileiros, ambos uma safra recente da música baiana. A surf music dos Retrofoguetes (BA), banda instrumental que mistura tango, mambo, jazz, polca, bossa nova, cinema e quadrinhos, completa o time da Bahia.

Um dos objetivos do Radioca é trazer trabalhos inéditos para a cidade, caso de “Selvática”, disco mais recente de Karina Buhr (PE), que não teve apresentações em Salvador, e da banda Carne Doce (GO), que ainda não foi vista por aqui, dois trabalhos com fortes discursos feministas. Outra atração inédita é a big band Aláfia (SP), com seu rap-funk-de-terreiro e suas letras que expõem tensões e contradições da sociedade contemporânea.

Completam o line-up dois veteranos cujos trabalhos soam atualíssimos. O sempre vanguardista Jards Macalé apresenta clássicos do seu repertório e músicas raras gravadas nos anos 1970. O show é fruto do lançamento de ‘’Jards Macalé - Anos 70’’ (Selo Discobertas), box que reúne fonogramas raros e inéditos e reedições de seus dois primeiros álbuns, lançados na década de 1970. Dona Onete (PA), que aos 76 anos é a musa da música paraense contemporânea, traz seu carimbó chamegado, cheio de sensualidade.

“Acreditamos que o Brasil vive um ótimo momento na música, com uma produção fértil e criativa. Tentamos trazer nomes que achamos relevantes e que tenham trabalhos interessantes”, explica o jornalista Luciano Matos, que divide a curadoria com os músicos Roberto Barreto (BaianaSystem) e Ronei Jorge, apresentadores do programa de rádio e profissionais atuantes no cenário da música independente nacional.

Além das apresentações musicais, debates e workshops sobre a produção musical contemporânea, encontros e geração de negócios, uma feira de produtos de moda, gastronomia e artes também fazem parte da programação do evento, que tem patrocínio do Governo da Bahia e Skol, através do programa FazCultura, e é realizado pela Tropicasa Produções.

Sobre as apresentações

Carne Doce
O grupo goiano formado pelo casal Salma Jô (voz) e Macloys Aquino (guitarra), João Victor Santana (guitarra), Ricardo Machado (bateria) e Aderson Maia (baixo) se apresenta pela primeira vez em Salvador no II Festival Radioca, no dia 3 de dezembro, no Trapiche Barnabé.  Com dois discos – Carne Doce (2014) e Princesa (2016) – a banda faz um indie rock marcado pela poesia das letras de Salma. O show por aqui será baseado no disco mais recente, que traz forte discurso feminista e aborda temas como tirania, sexo e aborto.

JosyAra
Natural de Juazeiro, a cantora, compositora, arranjadora e instrumentista JosyAra mistura na sua música ritmos brasileiros de diversas regiões, principalmente do sertão, a sonoridades mais universais. Seu trabalho é influenciado por por artistas como Gal Costa, Chico César, Caetano Veloso, Cátia de França e Belchior.

Para o show no Radioca, estará acompanhada dos músicos Tomás Bastos, no baixo, e Ariel Coelho, na percussão e bateria. Ao invés do violão, que ela costuma tocar em suas apresentações, a guitarra completa o power trio e promete arranjos mais rock’n’roll. No repertório, canções de seu primeiro disco (UniVersos, 2012) e novas composições. O show contará também com participações especiais de músicos baianos na percussão e nos sopros.

Jards Macalé
Moderno na essência, inquieto e irreverente, Jards Macalé sempre esteve ligado aos principais nomes da vanguarda cultural. Sua obra se mantém atual e é cada vez mais valorizada, com discos reeditados e remasterizados, conquistando novas gerações interessadas no melhor da cultura musical brasileira das últimas décadas.

Neste show, Jards sobe ao palco do Festival Radioca, para o lançamento da caixa ‘’Jards Macalé - Anos 70’’ (Selo Discobertas). Acompanhado por Domenico Lancelotti na bateria e Alberto Continentino no baixo, Jards Macalé presenteia o público de Salvador com apresentação em primeira mão de algumas músicas raras gravadas em 1970. No repertório ainda composições essenciais como Farinha do Desprezo, Movimento dos Barcos, 78 Rotações, Hotel das Estrelas, Negra Melodia e Mal Secreto.

Karina Buhr
Karina Buhr traz para Salvador o show de “Selvática”, seu terceiro álbum solo, lançado em 2015, trabalho guiado pela temática feminista e totalmente autoral. Baiana, criada em Recife e radicada em São Paulo, Karina tem uma fértil carreira como cantora, compositora, escritora, ilustradora e atriz. Sua presença de palco marcante garante sempre performances arrebatadoras. No palco do Radioca, estará acompanhada por MAU (baixo), Bruno Buarque (bateria), André Lima (teclados), Fernando Catatau (guitarra), Edgard Scandurra (guitarra) e Guizado (trompete).

Giovani Cidreira
Giovani Cidreira apresenta o seu trabalho de cantor, compositor e arranjador no II Festival Radioca, no dia 04 de dezembro. Músico atuante no cenário soteropolitano e ex-vocalista da banda Velotroz, segue em carreira solo desde 2014, produzindo um estilo que mistura, dentre outras coisas, MPB setentista, soul music e indie rock. No repertório do show, uma mistura de músicas do EP “Giovani Cidreira” (2014) com canções de seu primeiro álbum solo, que será lançado em 2017. Além de Giovani na voz, violão e teclado, a banda é composta por Lelo Brandão (baixo), Junix Costa (guitarra), Normando Mendes (trompete) e um baterista surpresa.

Retrofoguetes
Surf music, tango, mambo, jazz, polca e bossa nova se misturam no trabalho dos Retrofoguetes, grupo instrumental surgido em Salvador em 2002. Atualmente formada por  Morotó Slim (guitarra), Julio Moreno (guitarra), Fábio Rocha (baixo) e Rex (bateria), a banda faz um som extremamente visual e bem-humorado, com ambientação no cinema, quadrinhos e antigos seriados de TV. No Radioca, eles apresentam repertório do seu disco mais recente “Enigmascope – Volume 1” (2016), mescladas a músicas dos discos anteriores, “Ativar Retrofoguetes” (2003) e “Chachachá” (2009).

Aláfia
Formada por Eduardo Brechó (voz e guitarra), Jairo Pereira (voz), Xênia França (voz), Lucas Cirillo (gaita), Alysson Bruno (percussão), Pedro Bandera (percussão), Pipo Pegoraro (guitarra), Felipe Gomes (bateria), Gil Duarte (trombone e flauta), Fabio Leandro (teclados), Gabriel Catanzaro (baixo) e Vinícius Chagas (saxofone), a big band paulista Aláfia faz um som que mistura a linguagem das ruas com a ancestralidade afro-brasileira. Rap, música de terreiro, MPB e funk são costurados por letras que expõem tensões e contradições da sociedade contemporânea. Com dois discos, “Aláfia” (2013) e “Corpura” (2015), o grupo se apresenta pela primeira vez em Salvador no Festival Radioca.

Dona Onete
Musa da nova geração da música paraense e criadora do “carimbó chamegado”, Dona Onete acrescenta uma pitada de sensualidade e letras sobre o amor aos sons amazônicos. Aos 76 anos, em suas performances serelepes e sensuais, é acompanhada por talentos da música paraense: Pio Lobato, na guitarra; Vovô, na bateria; JP, na percussão amazônica; Breno Oliveira, no contra-baixo, e Daniel Serrão, no teclado e sax. Norepertório, canções do álbum “Feitiço Caboclo” (2012), como “Proposta indecente”, “Amor brejeiro”, “Poder da sedução”, “Moreno Morenado”, “Feitiço Caboclo” e “Jamburana”, além de canções do seu segundo álbum, “Banzeiro”, lançado neste ano, como “É no sabor do beijo”, “Tipití”, “Rio das Flores” e “Banzeiro”.

Governo da Bahia e Skol apresentam
II Festival Radioca
Quando? 3 e 4 de dezembro, 16h
Quem? Josyara, Carne Doce, Jards Macalé e Karina Buhr (03.12) e Giovanni Cidreira, Retrofoguetes, Aláfia e Dona Onete (04.12)
Onde? Trapiche Barnabé (Av. Jequitaia, n. 5, Comércio – Salvador, BA)
Quanto? R$30 e R$15 (meia)
Vendas: Sympla, lojas Mito (shoppings Salvador e Paralela) e RV Cultura e Arte (Av. Cardeal da Silva, 158, Rio Vermelho)

25 de maio de 2015Nenhum comentário

Festival Radioca anuncia shows de Siba, Apanhador Só e IFÁ Afrobeat

festival radioca

Evento acontece no Trapiche Barnabé dias 01 e 02/08, com patrocínio da Natura; shows serão transmitidos pela internet e rádio Educadora

 

Dois dias com shows de artistas que despontam na música nacional, em um dos cenários mais bonitos e privilegiados da capital baiana, com forte ligação com a história da Bahia. Assim será a primeira edição do Festival Radioca, programa semanal que irá atravessar as fronteiras do rádio e trazer as bandas mais promissoras da Bahia e do Brasil para o Trapiche Barnabé, no Comércio, nos dias 01 e 02 de agosto (sábado e domingo). O cantor pernambucano Siba, além da banda gaúcha Apanhador Só e dos baianos da IFÁ Afrobeat, já confirmaram presença em uma grade que irá apresentar outros nomes de peso.  O evento, que tem patrocínio da Natura Musical, começa sempre às 16h e contará com diversas atrações, como feira gastronômica, lojas de vinil, discotecagem e outras atividades, além de transmissão ao vivo pela internet e rádio Educadora FM. Os ingressos estarão disponíveis a partir de junho.

Assim como o programa Radioca, o principal objetivo do festival é promover a nova música feita pelos quatro cantos do país. Para isso, o evento irá integrar diversas ações que encurtem a distância entre o público e as bandas, como cobertura audiovisual e gravação de clipes para promoção dos artistas; veiculação de cinco edições especiais do Radioca, com atenção para o evento, artistas e profissionais envolvidos, além de transmissão ao vivo pela Educadora FM e sites da Natura e do programa.

O evento conta com a curadoria dos músicos Ronei Jorge, Roberto Barreto (Baianasystem) e do jornalista e DJ Luciano Matos, apresentadores do Radioca no rádio e com grande reconhecimento do público, por incentivarem a promoção dos artistas locais e contribuírem para o novo mercado da música no país. A produção e coordenação geral é de Carol Morena, que além de DJ é conhecida pela realização de grandes eventos em Salvador e João Pessoa. Para Carol, a cena de música brasileira atual é muito rica e fértil, mas esbarra, ainda, em poucas oportunidades de difusão tradicional. “O 1º Festival Radioca é um intermediário fundamental para promover um encontro entre artistas e público, com uma curadoria cuidadosa e alcance de público e mídia significativos”, explica.

Para Carol, a ideia é consolidar o Festival Radioca no calendário de atrações anuais de Salvador. “Garantir sua periodicidade anual é muito importante para que entendam o evento como ele se pretende: uma vitrine segura, preocupada com uma boa estrutura e força de mídia para este cenário de novos e bons artistas, fortalecendo as bandas e também o mercado“ completa. A expectativa é de que o festival receba cerca de 2 mil pessoas por dia.

Bandas - Um dos artistas mais respeitados da nova geração, de poesia ritmada e estilo musical inovador, o cantor pernambucano Siba acaba de lançar o elogiado “De Baile Solto”, segundo álbum solo e quarto de sua carreira. Lançado virtualmente no dia 13 de maio, Siba vai apresentar suas novas canções para o público baiano no Festival Radioca. O artista tem 13 anos de carreira e oito turnês europeias no currículo. O primeiro disco solo de Siba, lançado em 2012, foi muito aclamado pela crítica, consolidando o artista como um dos mestres da nova geração do maracatu. O artista integrou também o grupo Mestre Ambrósio, um dos ícones do movimento mangue beat, além da banda A Fuloresta.

Já os gaúchos da Apanhador Só têm passagem por grandes festivais como Lollapalooza (BRA), Vive Latino (MEX) e South By Southwest (EUA), indicações ao Grammy Latino e Prêmio Multishow e quatro discos lançados. O álbum mais recente, “Antes Que Tu Conte Outra”, foi vencedor de prêmios Associação Paulista de Críticos de Arte e Açorianos. O trio de Porto Alegre formado por Alexandre Kumpinski (voz, guitarra e violão), Felipe Zancanaro (guitarra, bateria, percussão-sucata, mpc e voz) e Fernão Agra mistura MPB e rock experimental, em canções de cunho político e de forte apelo popular.

Formada em 2013, a IFÁ Afrobeat já é uma das bandas mais requisitadas do segmento no cenário local. Misturando afrobeat, dub, reggae, funk, ijexá, ritmos de blocos afro e afoxés da Bahia, o grupo faz de sua música um verdadeiro manifesto de afirmação estética e musical. A IFÁ Afrobeat é formada por Jorge Dubman (bateria), Fabricio Mota (baixo), Átila Santtana (guitarra), Prince Áddamo (guitarra), Alexandre “Loro” Espinheira (percussão), Normando Mendes (trompete), Matias Traut (trombone), Vinicius Freitas (sax barítono) e Juliano Oliveira (teclados). A banda foi indicada como um dos melhores shows do Prêmio Caymmi 2014/2015, vencendo na categoria Revelação.

Radioca – No ar desde novembro de 2008, através da Rádio Educadora FM de Salvador, o Radioca traz para o público, em uma hora de programa, o que há de melhor e mais recente na produção musical independente da Bahia e do Brasil. O Radioca é o primeiro programa voltado para esse universo no Estado, já alcançando uma marca de 9 mil ouvintes por edição, em média, trazendo informações e músicas inéditas para os ouvintes.

Reformulado em 2013, com novos quadros e novo site, o programa conta com a apresentação do jornalista e DJ Luciano Matos e dos músicos Ronei Jorge e Roberto Barreto (Baiana System), profissionais que participam e contribuem ativamente para o fortalecimento cenário musical baiano e também nacional. Entre os entrevistados do Radioca, já passaram nomes como Fernanda Takai, Lucas Santtana, Nelson Motta, Wado, Marcia Castro, Pedro Sá, Fábio Cascadura, Junio Barreto, Luisão Pereira, entre outros.

O Festival Radioca é uma realização da Tropicasa Produções e Radioca, com patrocínio do Natura Musical, através do Fazcultura e conta com apoio da Prefeitura de Salvador, através da Saltur – Empresa Salvador de Turismo S/A.

 

1º FESTIVAL RADIOCA

O quê: 1º Festival Radioca.

Quem: Siba + Apanhador Só + IFÁ Afrobeat | Feira gastronômica + Feira do Vinil + Discotecagem | Outras atrações a serem anunciadas.

Quando: 1º e 2 de agosto de 2015 (sábado e domingo).

Onde: Trapiche Barnabé (Avenida Jequitáia, nº5, Comércio. Salvador – BA).

Quanto: Ingressos disponíveis em junho.

Realização: Tropicasa Produções | Radioca.

Observação: Patrocínio da Natura Musical e Fazcultura.